ARIA

NoticiARIA, Outubro 2017

"A taxa de mortalidade por suicídio nos homens é 4 a 6 vezes superior à taxa de mortalidade por suicídio nas mulheres, em todas as regiões do país".

 

Exposição FotograficaMENTE com fotografias de Ana Mestre

Para visitar na Digital  Escola Profissional até final de Novembro e em Dezembro no Hospital Egas Moniz /Lisboa.

Editorial

Caros Amigos

 

Temos o maior gosto em comunicar-vos que a ARIA inaugurou no dia 29 de Setembro as suas novas instalações do Fórum Sócio Ocupacional de Cascais,em Atibá, cedidas pela Câmara Municipal de Cascais, onde as actividades se desenvolvem agora com mais espaço, comodidades e luz, permitindo uma fruição maior e de qualidade das actividades desenvolvidas.

Prevemos ainda este ano, que no âmbito da RCCISM, as nossas UPROS's sejam reconvertidas na Unidade de Treino de Autonomia.

Também a nossa equipa de Apoio Domiciliário - ARIA em CASA - está preparada para receber pessoas com problemas de saúde mental que dela necessitem e que nos sejam encaminhadas pela Rede de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental.

 

Até breve

Direcção

Novas activades do FSO Lisboa

Em setembro, com o inicio do programa de actividades 2017/2018 no Fórum de Lisboa e para enriquecer o programa, surgiram novas actividades, nomeadamente a Matemática para a Vida, a Cognição Social, o Teatro, o Desenvolvimento Cognitivo, a Hidroginástica e nasceu o GAISP- Gabinete de Apoio à Inserção Sócio-Profissional.

Aproveitamos para agradecer ao Atlético Clube de Portugal e ressalvar esta parceria que através da cedência das suas instalações no Alvito, nos permite desenvolver a actividade de hidroginástica e biodanza. Decorrido algum tempo desde o início do programa, reflectimos e recolhemos testemunhos de quem usufrui do mesmo.

mail“Estamos bastantes entusiasmados com o novo programa do FSO Lisboa. É um programa que inclui novas actividades e estamos convictos que serão bastantes importantes na nossa vida diária.” (João Torgal, Carlos Borges, Manuela Silva, Diogo Almeida, Inês Silva e Sara Fernandes).

mail“Estamos a gostar muito destas actividades novas, dão asas à nossa imaginação, melhoram a nossa concentração e memória, puxam pela nossa criatividade e expressividade. O Fórum de Lisboa está muito interessante e mudou a nossa vida. O Fórum ajuda-nos a arranjar formação, cursos e estágios em várias áreas e é bom para desenvolver relações interpessoais.” (Manuela Martins, Daniel Silva, Joana Castro, Hugo Almeida, João Silva e Sara Punja)

mail“O novo programa é inovador e criativo além de diferente. Ajuda-nos a sonhar e a criar um futuro para todos. Por vezes temos dificuldades em adaptarmo-nos aos diferentes grupos de actividades, contudo as alterações ao programa de actividades são sempre boas. Alguns preferem hidroginástica, outros teatro e ainda há quem lamente o yoga ter acabado. (Daniel Marques, João Martins, Jonatas Vieira, Mónica Garcia, Ana Rocha, Nuno Rodrigues)

Fiquem atentos às próximas edições da NoticiARIA onde vamos abordar as novas actividades individualmente. Até breve!

 

Elaborada por: Auto-Representantes do FSO Lisboa


Unidades de Vida Protegida
Horta-jardim como instrumento de emancipação social: para uma reabilitação eco-psico-social

Desde de Setembro, os utentes da UPRO Restelo e o monitor José Costa têm estado a construir uma horta-jardim baseada nos princípios da permacultura, uma das várias correntes da agricultura biológica.

A horta-jardim tem estado a ser construída na varanda do 1º andar da residência, onde já conta com cerca de 50 pés de hortícolas, entre as quais: alface, espinafres, alho francês, couve-galega, couve-flor, bróculos e rabanete. O pátio interior da residência tem estado a ser utilizado como estufa e é onde se encontra a sementeira/berçário com 20 sementes de alface, 10 de cenoura, 10 de rabanito e 10 de couve-galega.

Neste momento está a ser planeada a construção de um compostor orgânico que irá servir para adubar o solo sem recurso a produtos químicos/agro-tóxicos que prejudicam gravemente a saúde e o meio ambiente.

Todas as estruturas da horta-jardim, tais como, vasos, canteiros, sementeira/berçário, compostor orgânico e estruturas verticais, têm vindo a ser planeadas e construídas pelos utentes através da reutilização de materiais que teriam a "lixeira" como destino (garrafões e garrafas de plástico, pacotes de leite, de sumo e de iogurte, caixas de plástico, etc.). O papel do monitor é o de simples mediador do processo.

Mais do que uma simples horta, está-se a criar um projecto que, partindo dos interesses específicos e necessidades mais imediatas dos utentes, tenta coadunar-se com os objetivos mais gerais do processo de «reabilitação psicossocial» propostos pela OMS (2001), como sendo: a conquista da cidadania, a emancipação dos utentes, redução da discriminação e do estigma, a melhoria da competência social individual e a criação de um sistema de apoio social de longa duração.

Para concretizar tais objetivos é necessário que os utentes sejam sujeitos e não objetos da sua reabilitação psicossocial.

Parafraseando Paulo Freire, «urge uma reabilitação psicossocial que torne os utentes capazes de decisão, de responsabilidade social e política». O método proposto é a gestão democrática da horta-jardim que irá funcionar baseada nos princípios do «cooperativismo»; o que significa que a tradicional pirâmide do poder é substituída por uma co-gestão levada a cabo num processo igualitário de cooperação e partilha de decisões e responsabilidades entre utentes e monitores que, por sua vez, visa o fortalecimento do «empowerment» dos utentes.

Desta forma, e aqui reside o objetivo principal do projecto, é criado um espaço democrático onde a cidadania pode ser aprendida porque vivenciada e exercida no quotidiano, uma vez que todas as questões referentes à horta-jardim são discutidas e decididas em assembleia sob a égide de regras democráticas.


                                                                              José Costa (monitor das Upros)
 

 


As nossas notícias!
Equipa de Apoio Domiciliário

Esta unidade criada no âmbito dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM), destina-se a prestar cuidados junto de pessoas com doença mental grave, estabilizadas clinicamente, que necessitem de programa adaptado ao grau de incapacidade psicossocial para reabilitação de competências relacionais, de organização pessoal e doméstica e de acesso aos recursos da comunidade.

A EAD assegura os seguintes serviços:

enlightenedPromoção da autonomia nas atividades básicas de vida diária;
enlightenedPromoção da autonomia nas atividades instrumentais de vida diária;
enlightenedFacilitação do acesso a atividades ocupacionais, de convívio ou de lazer;
enlightenedSensibilização, envolvimento e treino dos familiares e cuidadores informais na prestação de cuidados;
enlightenedAcesso a cuidados médicos gerais e da especialidade de psiquiatria;
enlightenedSupervisão e gestão da medicação.

Apenas são admitidos na EAD Utentes que preencham os requisitos previstos na legislação aplicável, da área metropolitana de Lisboa  e referenciados pelo Serviço Local de Saúde Mental (SLSM), Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) ou Instituição psiquiátrica do setor social.
Fale com o seu médico!!!
 

Primeiro Apartamento de Suporte à Autonomia ASAs

No seguimento da cedência de um apartamento T4 pela Câmara Municipal de Oeiras, na Freguesia de Porto Salvo, no passado dia 12 de setembro, inaugurámos  o nosso 1º Apartamento de Suporte à Autonomia (ASAs).

Estiveram presentes a Direcção da ARIA, o Executivo da CMO, os Presidentes da Juntas de Freguesias de Porto Salvo e de Oeiras, S. Julião da Barras, Paço de Arcos e Caxias, a Equipa Técnica e os Clientes do FSO Oeiras, bem como os representantes de entidades parceiras, familiares e outros ilustres convidados, juntaram-se para testemunhar a ocasião.

Esperamos desta forma dar "ASAs" a jovens adultos com diagnóstico de doença mental, visando alargar a resposta existente no Conselho ao nível da promoção da autonomia.

Queremos agradecer a todos os que nos apoiaram, doando material, móveis, electrodomésticos ou auxiliando através de apoio financeiro, nomeadamente ao AKI Oeiras, BUS e Farmácia Holon Oeiras

Bem hajam pelo vosso apoio!

Equipa Móvel de Apoio Psicossocial a Crianças e Jovens com Problemas de Saúde Mental

Em Setembro o Projecto PROMOve-te + teve inicio e está físicamente sedeado nas novas instalações da ARIA, em Atibá-Cascais, cedidas pela Câmara Municipal de Cascais.

Conta com a parceria do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e com o cofinanciamento da Direção Geral de Saúde.

Este projecto tem a duração de 12 meses e visa:

 

enlightenedPromover a estabilidade clínica e a autonomia normativa para a idade: promovendo a adesão ao tratamento e desenvolvendo competências pessoais e interpessoais que facilitem a adaptação aos contextos em que a criança ou jovem se encontra inserida (casa, escola, outros);

enlightenedCapacitar as figuras de suporte (família e agentes educativos) para darem o apoio adequado no processo de recuperação e adaptação;

enlightenedReduzir a taxa de absentismo e de abandono escolar;

enlightenedCapacitar e qualificar profissionalmente os beneficiários jovens;

enlightenedIdentificar boas práticas na intervenção em rede.

Torneio de Futebol da ARIA

Este ano, o FSO Oeiras venceu o Torneio de Futebol da ARIA. Foi com grande esforço e dedicação que se consagraram campeões pelo segundo ano, ansiando pela terceira vitória no próximo ano.

Um agradecimento muito especial à UFOPAC e à Nova Morada, pela disponibilização dos espaços para os treinos e para o torneio, ao Diogo Lima e à Diana Neto pela gestão da equipa, e ao FSO Oeiras pela facilitação de todas as condições necessárias.

 

Esta entrevista é dirigida aos vários elementos da equipa vencedora.

E.: Gonçalo Veiga, como se sentiu ao receber o prémio de melhor marcador?
V.: Senti-me bem. Acabei por relembrar os tempos em que era jogador de futsal federado e, acima de tudo, foi bom poder experienciar o espírito de equipa do FSO Oeiras.

E.: Que dificuldades sentiram durante o torneio?
V.: Principalmente, o desgaste físico que, no início, limitou um pouco os treinos. Porém, com a dedicação de toda a equipa foi-se superando.

E.: Diana Neto, como conseguiu gerir a equipa na última fase do torneio?
V.: Houve uma grande organização desde o início por parte dos jogadores e do Diogo Lima  (treinador da equipa). E, no fundo, confiei sempre que, pela grande união, entreajuda e por acreditar muito na capacidade da equipa do FSOO, esta iria ser compensada, saindo vitoriosa. 

E.: Que evolução foram sentido no decorrer dos treinos?
V.: Apesar do cansaço, a equipa mostrou uma grande evolução semana após semana, a nível táctico e de organização.

E.: De que forma foi possível chegar ao fim e ganhar a taça?
V.: A vontade de vencer, o espírito de equipa entre os jogadores e técnicos e a motivação sentida foram fulcrais para a vitória e, naturalmente, a regularidade dos treinos.

E.: Consideram que o esforço compensa?
V.: Sem dúvida! Embora o esforço tenha sido de grande dimensão, vencemos o torneio e, no nosso entendimento, foi um período muito positivo, pelo facto de podermos conviver com os outros serviços da ARIA, partilhar experiências e relembrar os nossos velhos tempos.


Entrevista realizada por Arnaldo Gonçalves, Carlos Pereira, Carlos Vaz, Gonçalo Veiga, Hugo Castro, José Miguel Campos, Pedro Coelho, Rui Santos, Tiago Cardoso e Tiago Santa Rita.


O que é a Terapia Ocupacional?

A palavra “ocupacional” dentro de Terapia Ocupacional pode sugerir que o papel destes profissionais seja simplesmente preencher o tempo de quem está ocioso, contudo vai muito mais além disso, terapia ocupacional é a arte e a ciência de capacitar o envolvimento na vida diária, através de ocupações que promovam saúde e bem-estar e proporcionar uma sociedade justa e inclusiva para que todas as pessoas possam participar com todo o seu potencial nas ocupações da vida diária. 

O Terapeuta Ocupacional (popularmente chamado "T.O") foca-se na ocupação, pois vê o homem como um ser ocupacional, um ator no mundo, mudando-o e sendo mudado por ele, alguém que se realiza por aquilo que constrói.

No quotidiano do homem, são realizadas atividades a todo o tempo, desde o momento em que se nasce até à morte, num ciclo denominado vida.  Na saúde mental e psiquiatria não é diferente. A abordagem destes profissionais centra-se muito na autonomia da pessoa tendo em conta o seu contexto e ambiente, através de terapias individuais ou de grupo que ajuda os clientes a criarem hábitos benéficos e horários de atividades, reforçar e manter suas capacidades e estimular para o desenvolvimento e realização de projetos proporcionando uma maior qualidade de vida e recursos para a inclusão social. 


Parabéns à FNERDM

No âmbito da celebração dos 20 Anos da FNERDM - Federação Nacional de Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais, da qual a ARIA é dirigente, foram agraciadas todas as institiições associadas vendo reconhecido o seu empenho e dedicação no trabalho desenvolvido em prol da Saúde Mental em Portugal!

Parabéns à FNERDM!

Parabéns a Todas as Entidades!

Convocatória para Assembleia Geral dia 29 Novembro de 2017

 

FICHA TÉCNICA

Textos elaborados nas várias respostas sociais da ARIA 

Ás vezes segue-se o acordo ortogáfico, outras vezes não!

Edição: Carla Silva

Periodicidade: Trimestral

Propriedade: ARIA
 

CONTACTOS

Morada: Praça de Goa, Nº 4    1400-184 Lisboa

Email:  aria.sede@gmail.com 

Telefone: 21 364 10 99 / 21 366 01 64

 

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