ARIA

NoticiARIA,  Abril 2019

"Em Portugal, 1 em cada 5 alunos do 8º e 10º anos magoou-se de propósito a si próprio, nos últimos 12 meses, ilustrando um aumento de 5% comparativamente a dados de 2010 (2014)".

 

Exposição FotograficaMENTE com fotografias de Ana Mestre

 

Editorial

Caros Amigos

É com satisfação que vos informamos que as nossas experiências-piloto no âmbito da Rede de Cuidadados Continuados Integrados de Saúde Mental (RCCISM): Residência de Treino de Autonomia (RTA) e Equipa de Apoio Domiciliário (EAD), viram os seus contrato-programa prorrogados até 2020.

Também é com agrado que vos comunicamos a chegada de duas viaturas ligeiras de passageiros Ford Torneo, que possibilitam o reforço do parque automóvel da ARIA e permitirão responder de forma mais eficaz às necessidades de deslocação das nossas equipas, nomeadamente a da ARIA em Casa e do Psicoprato.

 

Até breve

Direcção

ARIA no Programa de Imersão da Academia de Gestão Social

A ARIA foi seleccionada para integrar o Programa de Imersão, promovido pela Academia de Gestão Social da Fundação Manuel Violante.

Este programa com a duração de 12 meses, divide-se em três etapas de trabalho:

 

1.    Diagnóstico e Envolvimento (dois meses)


Diagnóstico: processo de levantamento dos desafios e boas práticas da Organização que segue as seguintes etapas:

                             i.   Reunião inicial com o Capitão de Equipa para identificação dos intervenientes nas etapas seguintes

                            ii.   Realização de entrevistas a elementos da Organização 

                           iii.    Aplicação do questionário

                           iv.    Análise das informações recolhidas e elaboração de relatório

                            v.    Apresentação e entrega do relatório final de diagnóstico que elenca os desafios da Organização e a proposta de objectivos a concretizar na Etapa de Intervenção

Envolvimento: comunicação à equipa da Organização sobre a participação no Programa de Imersão na Academia.

 

2.    Intervenção (oito meses)

Capacitação da Organização para a concretização dos objectivos definidos na Etapa de Diagnóstico & Envolvimento através de três programas:

LIDERAR: tem como objectivo capacitar e desenvolver os líderes das organizações sociais.

GERIR: visa trabalhar competências de gestão em organizações sociais, tornando-as mais sustentáveis e potenciando o seu impacto. Desenvolve-se através de três blocos de capacitação (Estrutura, Sustentabilidade e Impacto) e, além da formação em sala, inclui um período de implementação na organização.

COMUNICAR: resposta à necessidade apresentada pelas organizações sociais de comunicar eficazmente para parceiros.

 

3.    Etapa de Avaliação e Partilha  (dois meses)

Avaliação do processo e partilha das boas práticas implementadas nas organizações participantes.

 

Em breve partilharemos convosco as novidades!

Formação em combate a incêndios

A ARIA facultou a todos os seus colaboradores uma acção formação sobre técnicas de combate a incêndio para equipas de 1ª intervenção.


Foram criados 4 grupos de formação e cada acção teve a duração de 3 horas.


Esta acção de formação teve como objectivo desenvolver mais conhecimentos sobre a correta e rápida intervenção no combate ao fogo através da utilização de equipamentos portáteis como os extintores ou outros de primeira intervenção como as mantas ignífugas.


Agradecemos ao formador António Neto toda a disponibilidade para o esclarecimento das dúvidas que foram surgindo, bem como a possibilidade de praticarmos a utilização do extintor no combate a um pequeno foco de incêndio.

ARIA & SAÚDE MAIS PRÓXIMA

Na tentativa de sensibilizar os nossos utentes para a aquisição de hábitos de vida saudável e consciencializar para a promoção de saúde, o Fórum Sócio-Ocupacional de Lisboa estabeleceu uma parceria com o Programa “Saúde Mais Próxima”, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Este programa tem como objetivo avaliar o estado de saúde e informar sobre as principais doenças crónicas que afetam os portugueses, sensibilizar sobre os cuidados a adotar e proceder ao encaminhamento das pessoas para os Centros de Saúde quando são detectadas doenças.

No último trimestre, foram realizadas consultas de nutrição, bem como, rastreios à diabetes, ao colesterol e AVC/Tensão arterial. A esta iniciativa juntaram-se os utentes do Fórum de Apoio Social (FAS) e das Residências. Tendo em conta a boa adesão por parte dos utentes a esta parceria, prevê-se que até ao final do próximo trimestre sejam realizados mais dois rastreios.

Deixamos o testemunho da enfermeira responsável pelos rastreios realizados no nosso fórum, ao longo dos últimos meses…

 

Como surgiu este Programa?

O Saúde Mais Próxima surgiu da necessidade de ir ao encontro das pessoas, percorrendo a cidade de Lisboa, no sentido de promover a saúde, detetar precocemente alguns problemas de saúde e acima de tudo aumentar a literacia em saúde.

 

Quais as maiores necessidades de saúde dos portugueses?

Na minha opinião ainda existe muita desinformação acerca de alguns aspetos essenciais para a prevenção das principais doenças crónicas e no próprio conhecimento das doenças. Penso que é fundamental, cada vez mais, haver um esforço conjunto para investir mais na prevenção e dar ferramentas às próprias pessoas no sentido de as capacitar para serem um elemento fundamental na gestão da sua doença.

 

Quem procura mais este tipo de apoio?

A população é muito variada mesmo, contudo a faixa etária mais predominante são as pessoas mais idosas.

 

A ARIA estabeleceu uma parceria com a Saúde Mais Próxima. Considera importante parcerias como esta?

Sim. Este tipo de parcerias encaixam-se nos objetivos do nosso Núcleo porque tal como dizia anteriormente é ir ao encontro das pessoas nos seus “locais”, onde as pessoas se sentem confortáveis e muitas vezes se encontram mais disponíveis para escutar e assimilar.


Dos rastreios já realizados na nossa instituição, quais os cuidados de saúde que considera mais importantes serem adotados pelas pessoas que assistimos?

Do que pude constatar até agora são utentes que se encontram muito centrados na sua saúde mental, sendo importante trabalhar com os mesmos no sentido de falar sobre alguns fatores de risco para a nossa saúde (tabaco, alimentação rica em gorduras e açúcar, sedentarismo) e dar algumas estratégias no sentido de as minimizar. Também penso que é importante que os mesmos percebam a importância da vigilância de saúde. É uma população que nem sempre é fácil “chegar aos mesmos”, contudo é possível perceber que têm demonstrado interesse em fazer as consultas de enfermagem e penso que com algum seguimento é possível conseguir alguns ganhos.


As nossas notícias! E não só!
Diferentes Olhares Sobre o Regime do Maior Acompanhado

No âmbito do Dia Internacional da Família, a ARIA e o CIC, dinamizará no dia 15 de Maio uma sessão de esclarecimento, sob o tema: Diferentes Olhares sobre o Regime do Maior Acompanhado.

 

A não perder no Espaço FNAC Oeiras Parque, com o apoio da FNAC Oeiras.

 

Programa

18h30
Café de Boas Vindas com a ARIA & C.I.C.

 

19h00
Painel “Acompanhamento ao Maior: Aspectos Gerais da Nova Lei e Impacto nas Famílias


Fernando Manuel Vieira, Psiquiatra Forense do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
Cláudia Alves, Juíza de Direito da Comarca de Lisboa Oeste - Tribunal de Oeiras
Rosário Zincke dos Reis, Advogada, Membro da Direcção da Associação Alzheimer Portugal

Debate aberto a questões da audiência

 

20h30
Encerramento

 

Entrada Gratuita, condicionada ao número de lugares disponíveis.

 

Confirme a sua presença em :

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc5T6l6fjBHxhgl7fMZbLp_

lWaZ72EBR4x-D6W_uiEFNl767g/viewform

 

ARIA em CASA

A ARIA em CASA, enquanto projeto-piloto da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental, é uma Unidade que funciona em regime de Contrato-Programa, celebrado com a ARS-LVT e o ISS, I.P. que foi  prorrogado por mais 18 meses, portanto até junho de 2020.

No balanço de 2018, entende-se que apesar do potencial da resposta, os constrangimentos sentidos têm tido impacto considerável, pelo que o crescimento e o desenvolvimento não correspondem ao expetável. Entre vários fatores, salientam-se as dificuldades sentidas pelas entidades parceiras no encaminhamento de doentes, a complexidade do próprio procedimento, ao desconhecimento da existência desta Unidade.

Os resultados de 2018, são o reflexo desta situação, pois como resposta inovadora em Saúde Mental, foram referenciados ao longo do ano, apenas treze pessoas com problemas de saúde mental.

Neste sentido, a equipa tem investido em ações de divulgação esperando que seja uma alavanca para o futuro.

Na garantia que há várioa pessoas com DM sem resposta e que a nossa resposta continua com vagas, aguardamos expetantes pelo decorrer destes 18 meses!             

A Assistente Social
Ágata Oliveira
 


 

Regime do maior acompanhado

No dia 14 de agosto de 2018, foi publicada a Lei n.º 49/2018, que cria o regime jurídico do Maior Acompanhado, revogando os regimes da interdição e da inabilitação, que tenta reduzir consideravelmente a estigmatização associada aos mesmos, tendo entrado em vigor a 10 fevereiro de 2019.

O objetivo desta nova Lei é dar voz à pessoa com deficiência ou em vulnerabilidade que careça de proteção, seja qual for o motivo que determine essa vulnerabilidade, assegurar-lhes o maior grau de autonomia possível. Nesta lei está, assim refletida, a instituição de um regime que consagra a Convenção das Nações Unidas Sobre as Pessoas Com deficiência, de 30 de março de 2007, pretendendo-se eliminar quaisquer considerações discriminatórias.

Pretende-se, assim, dar o maior espaço possível à vontade e preferências efetivas do próprio individuo, denominado maior acompanhado pela nova Lei, respeitando-se a sua vontade em lugar do anterior princípio da prossecução ?do interesse superior do incapaz?.

Este novo regime do maior acompanhado cria um modelo de acompanhamento. No art.º 138 do Código Civil determina que o maior acompanhado beneficiará de medidas de acompanhamento, tais como a sua representação ou a administração dos seus bens, por um acompanhante, na medida do necessário.

Tal acompanhamento deverá ser requerido pelo próprio, pelo cônjuge, unido de facto ou ainda por qualquer parente sucessível, dependendo, contudo de autorização do acompanhado ou, independentemente desta autorização pelo Ministério Público. A autorização poderá ser suprida pelo Tribunal quando o beneficiário não a possa dar livre e conscientemente.

O acompanhante ou acompanhantes, são designados judicialmente, mas escolhidos pelo próprio acompanhado. Caso tal não seja possível, será designado oficiosamente pelo Tribunal, que certamente indicará a pessoa que melhor consiga salvaguardar o interesse do beneficiário, sendo preferencialmente um dos seus familiares. Com a entrada em vigor deste regime, todas as pessoas interditadas ou inabilitadas passarão a ter o estatuto de maiores acompanhados, sendo que os tutores e curadores passarão a acompanhantes.

 


Entrevista à Sra. Vereadora Teresa Bacelar, Câmara Municipal de Oeiras

Nesta edição da NoticiARIA queremos partilhar convosco alguns destaques da entrevista realizada no dia 9 de abril, à Sra. Vereadora Teresa Bacelar, da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), que muito gentilmente aceitou receber-nos e responder a algumas das nossas questões.

A Sra. Vereadora Teresa Bacelar é licenciada em Psicologia, tendo trabalhado numa IPSS do concelho de Oeiras, na área da intervenção com pessoas sem-abrigo, toxicodepedentes e alcoólicos, durante cerca de 15 anos. Atualmente, desempenha funções de Vereadora na CMO, estando responsável pelo Pelouro da Ação Social, Saúde, Juventude, Responsabilidade Social e Parque Habitacional.

Uma das primeiras questões relacionou-se com as estratégias do municipio para a integração das pessoas mais vulneráveis. A este respeito, a Sra. Vereadora explicou que está a ser desenvolvido um Plano Municipal para os sem-abrigo, no qual se está a delinear uma estratégia de intervenção. O Municipio de Oeiras tem também o Fundo de Emergência Social (FES), que pretende dar resposta a situações de necessidade no momento, e.g. um munícipe pode recorrer ao FES para pagar uma conta de electricidade. Outra das respostas que está a ser atualmente desenvolvida, é um programa de apoio às rendas, que se destina a ajudar as pessoas que têm dificuldades em assegurar o pagamento, e que não são abrangidos pelo programa de habitação social.

No que respeita à Saúde Mental no concelho, a Sra. Vereadora admitiu que ainda há algum trabalho a desenvolver, sendo uma área na qual se deve apostar cada vez mais. Reconhece a importância do trabalho realizado por instituições como a ARIA no concelho, destacando o projeto do Fórum Sócio-Ocupacional de Oeiras.

Relativamente a estratégias de apoio à integração de pessoas com doença mental, a Sra. Vereadora esclareceu que ao nível da habitação social, o facto de existir um diagnóstico de doença mental e/ou outra situação de saúde, constitui um critério que pontua favoravelmente o candidato a uma habitação.

Também ao nível da integração profissional das pessoas com doença mental e/ou incapacidades, a CMO integra atualmente pessoas com incapacidade e tem procurado sensibilizar as empresas para a contratação de pessoas com doença mental e/ou incapacidade, mediando este processo.

Além destas medidas, a Sra. Vereadora reconheceu que é necessário continuar a apostar no desenvolvimento e implementação de mais estratégias, envolvendo os municipes com doença mental, procurando responder às suas necessidades.

Aproveitamos para agradecer publicamente, e uma vez mais, à Sra. Vereadora Teresa Bacelar a oportunidade, e dizer que foi uma honra para nós poder entrevistá-la. O nosso sincero obrigado!


Entrevista e noticia elaboradas por: Mário Jorge, Maysa Além, Miguel Campos e João Santos, com o apoio de Inês Morais.

horta
E mais notícias! E não só!
Comemoração do Dia Mundial da Actividade Física

Cada vez mais se dá importância ao exercício físico, a uma alimentação adequada e a um estilo de vida equilibrado – estes são factores de saúde que merecem toda a nossa atenção!

Por isso mesmo, o FSO Cascais lançou, novamente, às diferentes valências da ARIA o desafio de, em conjunto, comemorarem o Dia Mundial da Actividade Física.

A actividade desenvolveu-se no dia 5 de Abril no Pavilhão Gimnodesportivo de Oeiras e S. Julião da Barra. Foram cerca de 50 os participantes, que estiveram num ambiente de saudável, de exercício, convívio e boa disposição.

A prática desportiva permite gerar e desenvolver valores tão importantes na nossa vida como a persistência, a auto-estima, a motivação, a disciplina e o trabalho em equipa.

Acreditamos por isso, que este dia teve um impacto positivo em todos aqueles que puderam participar.

Agradecemos a todos pelo envolvimento e pela energia e contamos para o ano comemorar novamente este dia tão importante!

PROGRAMA DE ADESÃO/ GESTÃO AUTÓNOMA DA MEDICAÇÃO EM CONTEXTO DE RESIDÊNCIA DE TREINO DE AUTONOMIA

Na Residência de Treino de Autonomia (RTA) é desenvolvida semanalmente uma intervenção por parte do Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica que visa promover a adesão/gestão ao regime terapêutico. Materializa-se na preparação da caixa de medicação semanal por parte de cada um dos utentes que está em programa de reabilitação na RTA, uma vez por semana, em dia fixo, em dois grupos distintos (intervenção individual e, simultaneamente, grupal).

O programa de adesão/gestão autónoma da medicação tem como objetivos gerais:
1-Aumentar a adesão terapêutica;
2-Promover maior autonomia na preparação e administração (gestão) da terapêutica individual;
3-Executar psicoeducação/ educação para a saúde;
4- Promover o auto-controlo.

E como específicos (que os utentes sejam capazes de):
1-Reconhecer o nome comercial dos fármacos que tomam;
2-Identificar os fármacos em SOS e as situações a que se destinam:
3-Interpretar corretamente o guia terapêutico;
4-Preparar corretamente a medicação para uma semana;
5-Identificar os efeitos terapêuticos e secundários;

É uma intervenção cuja metodologia apresenta dois momentos: um dirigido para as dinâmicas relacionadas com a preparação individual da terapêutica e outro para a dinâmica de grupo, contemplando abordagem psicoeducativa e esclarecimento de dúvidas.

Pretende-se promover o comportamento de adesão ao regime terapêutico, que é descrito pelo ICN/CIPE (2005:81) como a “ação auto-iniciada para promoção do bem-estar, recuperação e reabilitação, seguindo as orientações sem desvios, empenhado num conjunto de ações ou comportamentos”.

A participação da pessoa nos seus cuidados, promovendo a sua autonomia, possibilita manter o comportamento desejado, para que este se encontre integrado nas suas rotinas (com o menor apoio possível por parte de terceiros). A consciencialização progressiva do curso da doença, das suas complicações, do seu impacto sobre a qualidade de vida e das vantagens em aderir ao regime terapêutico, transforma o comportamento numa atitude ativa de cumprimento das recomendações prescritas.

 

BIBLIOGRAFIA:
INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES – Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem?Versão 1. 0. Genebra, 2005

 

FICHA TÉCNICA

Textos elaborados nas várias respostas sociais da ARIA 

Ás vezes segue-se o acordo ortogáfico, outras vezes não!

Edição: Carla Silva

Periodicidade: Trimestral

Propriedade: ARIA
 

CONTACTOS

Morada: Praça de Goa, Nº 4    1400-184 Lisboa

Email:  aria.sede@gmail.com 

Telefone: 21 364 10 99 / 21 366 01 64

 

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